Camila se reencontrou, amadureceu, e provou de novo, o seu talento no disco de estréia. O preparo desse debut é recheado, com caminhos picantes e você tem que escutar. Camila Cabello se encontrou. Como uma menina que se achava confortável num grupo de cinco meninas, resolveu que ser simplesmente Camila, já estabelecia o começo de uma era com vocais poderosos e confiantes.
Agora sozinha, depois de todo aquele drama com o Fifth Harmony, nosso diamante cubano veio com tudo. Pois então amores, eu já sabia que a Camila teria um futuro lindo na indústria. A gente tinha certeza, desde quando ela estava na girlband que ela a qualquer momento, daria tchau as meninas e faria seu próprio legado. Mas foi bem difícil, Camila passou por muitas coisas pra chegar onde chegou, e eu não estou falando só do 2# lugar com Havana no Hot 100 da Billboard, estou falando também como um ser humano, como uma artista.
Eu não vou negar, eu achei que ela se perderia, e demoraria pra se encontrar, digo isso, pois quando ela lançou à explosiva Crying in The Club, eu pensei comigo “ok amiga, você canta pop, mas você já fazia isso em Fifth Harmony”, e mesmo com a dramática I Have Questions, Camila estava se esforçando pra se posicionar, eu não via nada de diferente nessas duas canções, que foi o marco e o começo da sua carreira solo. Mas todo mundo apostava nela anda. E felizmente, tudo deu certo.
A gente já vê que o processo criativo do disco foi complicado e sofreu alterações, The Hurting. The Healing. The Loving passou por uma metamorfose e se transformou na Camila, que vem cheio de surpresas. E mesmo descartando Crying in The club, I Have Questions e a sexy OMG, não deixou buracos no álbum. As 10 faixas complementam, e já mostram toda a arte da fada cubana.
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CAPA DO DISCO |
Começando com a familiar Never Be The Same, apimentada e com um falsete incrível no refrão, diferente do hit Havana, Camila experimenta andar por caminhos diferentes do seu vocal. Uma coisa que eu amei no disco, foi que ela usa e brinca muito com eu lirico. Mas o sabor latino prevalece em todo o trabalho. She Loves Control, onde a gente sente uma salsa gostosa, Inside Out, Into It, são as faixas mais animadinhas e que provam ainda mais os sentimentos verdadeiros da fada. Mas Camila ainda quer falar sobre relacionamentos e amizades, como em Real Friends, uma faixa gostosa e desafiadora que você vê que não foi feita para os charts, diferente de In the Dark, que tem todas as características de um hit e um vibe muito Camila Cabello. Somenthing Gotta Give e All these Years é uma das minhas preferidas, são faixas singulares e emotivas, que falam sobre partidas duras e reencontros difíceis, que podem até lembrar outras canções que Camila fez quando ainda era uma Harmonia.
Camila fez um trabalho autentico, com uma personalidade que é só dela, uma identidade de uma artista que ainda vai longe. Um disco todo trabalhado no emotivo, com letras profundas, arranjos que levam a essência dela. Camila tem muito pela frente, mas com Camila, ela só provou de novo a sua independência musical.