When We Fall Asleep, Where Do We Go? é transparente e revolucionário

O debut da Billie é extremamente bom, gótico, angustiante e soa bem mais sincero que o esperado.

A nossa geração tem um poder incrível de carregar a massa, e acompanhando os passos adolescentes, me deparei com uma garota de 17 anos no topo das musicas mais ouvidas do Spotify. Ela chegou dividindo opiniões sobre ela ser um fenômeno digital e excêntrico, mas isso não importa, pois não anula o fato dela ser incrivelmente talentosa e habilidosa pra fazer melodias.

Lógico que o When We Fall Asleep, Where Do We Go? seria um dos trabalhos mais aguardados do ano. Billie chegou de mansinho, carregada de habilidades e de vocais impecáveis que conseguem e conseguiram sustentar um conceito peculiar vindo de uma áurea alegremente gótica com um criativo aflorado.

A sonoridade terror-pop do disco é sobrenatural. O álbum começa com a Billie brincando em estúdio e anunciando seu disco “Hey, eu tirei meu invisilign, e este é o meu disco” e finaliza com uma gargalhada alta e extensa, interrompida pelas batidas de bad guy, que assim como bury a friend, são composições sedutoras e convidativas, que te levam para o abismo de forma sensual perigosa. Impecáveis.

 

Na canção xanny, ela canta algo sobre você não usar drogas. Desacelerando o ritmo, com batidas pesadas e com vozes que vem e vão a todo momento, dando a sensação de que ela está drogada. Ironicamente ela segue cantando ‘sou uma fumante passiva/com a minha latinha de coca-cola’you should see in you a crown, tem aquele EDM-rap de Yeezus do Kanye West, uma melodia carregada de sons perfeitamente bem encaixados. Finneas O’connel é o irmão da Eilish e produziu o disco com uma maestria auditiva incrível. 

Billie ainda vem brincar com instrumentos e faze-los necessários para trilha. 8 é a minha preferida, ela soa angustiante, sincera e transparente. Cantado por uma voz aguda, retratando a rejeição ao som de ukulele, mesmo instrumento usado em party favor, canção do seu último EP que tem a sonoridade bem inserida nesse debut. 

i love you é sem duvidas o ponto alto, uma composição pra emocionar e chorar de forma madura. E o disco se encerra na dramática goodbye, carregada de habilidades, vocais sinistros e profundos, trazendo até reflexões sobre o caminho da alma. 

Ela é uma millennial com ótimas referências musicais, como Lorde, Lana de Rey e Tyler, The Criator. Billie está no caminho certo para se tornar a nova estrela pop. Com seu pop gótico, Billie se sustentou nesse debut, provando ser, não só mais uma estrela criada e movida pela massa, mas uma personalidade habilidosa e cheia de talentos expressivos. Pode entrar Billie, o meu stream é seu! 

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